Uma droga que começa a ser consumida por muitos de forma recreativa, e em meios de convívio social, o álcool em excesso pode afectar qualquer indivíduo a nível físico ou psíquico. Provocando danos nas relações interpessoais, é um problema que pode afectar todas as faixas etárias e géneros.
A dependência do álcool é um caso de adição grave e que, quando identificado por sinais de alarme, deve ser encarada como uma doença passível de ser tratada. VillaRamadas tem profissionais especializadas para o tratamento da dependência do álcool (alcoolismo), mas deixa aqui algumas dicas sobre o processo de tratamento desta dependência.
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A dependência alcoólica, também conhecida como alcoolismo, dependência do álcool ou perturbação do uso do álcool, traduz-se na forma mais grave de consumo de álcool. Existe um forte desejo de beber, na maioria das vezes incontrolável e desmedido. Os consumos são exagerados, causando danos sérios à saúde do indivíduo.
Uma pessoa dependente do álcool não consegue funcionar sem beber e isto torna-se um fator importante na sua vida, se não o mais importante, deixando em segundo lugar tudo o resto. O álcool passa a ser a prioridade e todas as outras atividades passam a ser secundárias, incluindo a sua família, o seu trabalho, ou outras áreas da sua vida.
Por outro lado, uma pessoa que esteja a tornar-se dependente de álcool, para ter o mesmo efeito que tinha anteriormente, precisa de beber cada vez mais. Os sintomas físicos de abstinência começam a surgir quando a pessoa não bebe, o que faz com que cada vez tenha mais necessidade de beber. No entanto, apesar de na maioria das vezes saber a consequências nocivas que o álcool está a fazer à sua saúde, não consegue parar de beber.
Quanto mais uma pessoa bebe, mais risco existe desta desenvolver vários problemas de saúde associados à dependência alcoólica.
Consumo excessivos de álcool e por um período prolongado de tempo danificam o fígado. É estimado que sete em cada 10 pessoas que padeça de uma doença hepática alcoólica, ou seja, quando o fígado é danificado pelo consumo excessivo de álcool) tenha um problema de dependência alcoólica. Contudo, embora quando pensamos em alguém com problemas de álcool, os problemas no fígado são os que mais se destacam, estes não são os únicos.
Existem outros problemas sérios associados ao consumo excessivo de álcool, entre eles, pressão arterial alta, acidente vascular cerebral, doença cardiovasculares, cancro da boca, cancro da garganta, cancro do intestino, cancro da mama, pancreatite (inflamação grave do pâncreas), entre outras.
Na grande maioria das vezes, indivíduos que sejam dependentes de álcool têm problemas de saúde mental. A ansiedade e a depressão, ou até mesmo pensamentos suicidas, fazem parte da vida destes indivíduos. A agressividade e raiva também são muito comuns.
O consumo excessivo de álcool está relacionado muitas vezes com sintomas de depressão, embora nem sempre seja fácil perceber a causa e efeito. Contudo, sabe-se que o álcool afeta vários neurotransmissores do nosso cérebro, importantes na regulação do humor. Assim, pode haver casos em que a depressão pode advir do consumo excessivo de álcool, pelo que se a pessoa parar de beber o humor pode melhorar consideravelmente.
Da mesma forma, muitas destas pessoas veem as suas vidas afetadas a nível familiar, profissional ou até mesmo outras áreas da sua vida. Começam a perder o controlo das suas vidas e isto torna-se um círculo vicioso. Todos estes fatores podem contribuir ainda mais para a depressão e ansiedade.
O álcool age com um depressor das funções cerebrais, afetando os pensamentos, sentimentos e comportamento, e a saúde mental a longo prazo. A sensação de relaxamento que é experimentada quando alguém bebe deve-se a alterações químicas que o álcool causa no cérebro. Ao beber, algumas pessoas sentem-se mais confiantes e menos ansiosas, uma vez que o álcool suprime a parte do cérebro que se encontra relacionada com a inibição.
À medida que é ingerido mais álcool, o impacto na função cerebral tende a aumentar e as consequências inerentes também. Independentemente do humor em que a pessoa está no momento, ao aumentar a ingestão do álcool, há uma maior probabilidade das emoções negativas surgirem. Algumas pessoas podem ficar agressivas, ansiosas e até mesmo deprimidas quando fazem uma grande ingestão de álcool.
Não. A desintoxicação alcoólica é um processo para a recuperação, não representando em si uma cura. Após a desintoxicação (que deve ser sempre realizada por profissionais especializados), a pessoa pode iniciar um processo de tratamento em VillaRamadas. O nosso tratamento é personalizado e a intervenção terapêutica é estruturada de acordo com as necessidades de cada um dos nossos pacientes. Em VillaRamadas realçamos a importância do apoio psicológico e das mudanças de comportamento para iniciar uma vida em recuperação.
Pode pensar que o único aspeto importante num processo de recuperação é a desintoxicação e que esta é suficiente, mas na maioria das vezes não o é!
Uma desintoxicação é o nome atribuído ao processo de limpeza do organismo de qualquer substância considerada nociva. É aconselhado que o processo de desintoxicação seja feito junto de profissionais especializados que possam prestar apoio – nestes casos a interrupção abrupta pode afetar a pessoa a nível físico e psicológico.
Contudo, a desintoxicação não é suficiente em casos de dependência alcoólica. Embora a desintoxicação seja bastante importante, a parte psicológica é fundamental para que o indivíduo continue em recuperação. Não basta tratar o corpo, se a mente não estiver preparada para este desafio. A desintoxicação não aborda as questões mais profundas que estão na base do vício do álcool. É fundamental um programa de tratamento, uma intervenção terapêutica estruturada, com vista a minimizar o risco de recaída.
Se procura fazer um tratamento para dependência alcoólica, ou se tem alguém próximo que precise de ajuda, contacte-nos. Em VillaRamadas temos uma equipa multidisciplinar capaz de auxiliar neste processo de recuperação.