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Ataque de Pânico

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De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM), um ataque de pânico caracteriza­-se por um período discreto de medo ou desconforto intenso, frequentemente associados sintomas de natureza somática ou cognitiva. Apresenta uma duração não superior a 30 minutos, durante o qual quatro ou mais sintomas se desenvolvem abruptamente e atingem o seu pico dentro de 10 minutos.

Qualquer pessoa, exposta a um estímulo que provoque ansiedade, pode experienciar um ataque de pânico, e muitas pessoas têm pelo menos um ataque de pânico na sua vida.

Lista de Conteúdos

1. O QUE É UMA PERTURBAÇÃO DE PÂNICO?

A Perturbação de Pânico é mediada pela ansiedade, caracterizada pela ocorrência de ataques de pânico. Mas não basta ter ataques de pânico para ter uma perturbação de pânico, já que aqueles são bastante frequentes e podem ocorrer, quer isoladamente, quer associados a outras perturbações de ansiedade ou outras perturbações mentais.

Para sofrer de perturbação de pânico é necessário ter medo dos sintomas da ansiedade, ou seja, não basta ter um ataque de pânico e considerá-lo desagradável. É também necessário avaliá-lo como perigoso e ter medo da ocorrência de um novo ataque de pânico ou das suas consequências. 

São as interpretações catastróficas as responsáveis pelo aumento da ansiedade, que por sua vez se volta a manifestar sob a forma de sintomas fisiológicos ou somáticos e cognitivos, que, por sua vez, intensificam as interpretações catastróficas, dando assim origem a um ciclo que resulta num novo ataque de pânico. A partir daí, estão criadas as condições para que a pessoa passe a ter mais medo de um novo ataque de pânico, uma vez que a sua repetição aumenta a crença de que irá voltar a acontecer, e o medo de que aconteça, porque é visto como perigoso.

2. DE QUE FORMA SE MANIFESTAM OS ATAQUES DE PÂNICO?

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Os ataques de pânico são crises de ansiedade, delimitadas no tempo, o que significa que têm um início, um desenvolvimento que atinge um pico máximo (o que habitualmente acontece entre 10 a 20 minutos após o início) e têm um fim.

Nestas crises, é necessário estarem presentes vários sintomas do foro somático e cognitivo. Os sintomas somáticos são aqueles que se manifestam no corpo através de sensações (ex: palpitações, suores, tremores). Por outro lado, a nível cognitivo poderão surgir pensamentos catastróficos (ex: medo de morrer, ter um ataque cardíaco).

Embora seja aflitivo e muito desagradável, o ataque de pânico não é perigoso. Na pior das hipóteses, a pessoa poderá perder os sentidos durante segundos apenas, como forma de o organismo evitar que o sistema nervoso simpático dispare. Se a pessoa tiver medo do ataque de pânico por achar que ele pode ter consequências graves (tais como enlouquecer ou morrer), é muito provável que o mal-estar fique ainda mais acentuado e que a pessoa comece a agir no sentido de evitar situações nas quais pensa ser mais provável ter novo ataque e a adotar uma série de comportamentos de segurança quando se sente mais ansiosa (por exemplo andar com ansiolíticos ou ir às urgências).

3. SINTOMATOLOGIA DE UM ATAQUE DE PÂNICO

Os sintomas corporais são bastante proeminentes, nomeadamente:

  • dispneia (dificuldades em respirar);
  • palpitações/taquicardia;
  • desconforto/dor no peito;
  • sensação de sufoco ou asfixia;
  • tonturas;
  • vertigens ou sensação de instabilidade;
  • náuseas/mal-estar abdominal;
  • parestesias (formigueiros nas mãos ou pés);
  • sensação de calor ou frio;
  • desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (sentir-se desligado de si próprio);
  • suores/sudação;
  • desmaios;
  • tremores ou estremecimentos;
  • medo de morrer;
  • enlouquecer ou cometer um ato descontrolado durante o ataque.

Tendo em conta as relações entre o início da crise e a presença de desencadeantes situacionais podemos definir três tipos de ataques de pânico:

  • inesperados: ocorrem espontaneamente, não estando ligadas a nenhum desencadeante situacional; 
  • situacionais: ocorrem logo após ou antecipando a exposição a um desencadeante situacional;
  • situacionalmente prováveis: ocorrem com maior probabilidade durante/após a exposição a um estímulo situacional.

 

Um ataque de pânico pode ser desencadeado tanto por estímulos externos como estímulos internos (mais comuns) e ocorrem sob a forma de imagens, pensamentos ou sensações corporais. A pessoa interpreta estes estímulos como ameaçadores, o que leva a um estado de apreensão. Este estado de apreensão é acompanhado por sensações corporais que emergem através da ansiedade. Ao serem interpretadas como ameaçadoras, vão estabelecer o ciclo vicioso que conduz ao ataque de pânico.

Para o diagnóstico de Perturbação de Pânico, é indispensável a presença de ataques de pânico frequentes e inesperados, provocando sofrimento e condicionantes no quotidiano do indivíduo.

RESUMO

O indivíduo experiencia ataques de pânico inesperados e preocupa-se persistentemente acerca de ter mais ataques de pânico ou há alterações mal adaptativas no seu comportamento devido aos ataques de pânico (ex: evita o exercício físico ou locais que não lhe sejam familiares)

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