De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM), um ataque de pânico caracteriza-se por um período discreto de medo ou desconforto intenso, frequentemente associados sintomas de natureza somática ou cognitiva. Apresenta uma duração não superior a 30 minutos, durante o qual quatro ou mais sintomas se desenvolvem abruptamente e atingem o seu pico dentro de 10 minutos.
Qualquer pessoa, exposta a um estímulo que provoque ansiedade, pode experienciar um ataque de pânico, e muitas pessoas têm pelo menos um ataque de pânico na sua vida.
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A Perturbação de Pânico é mediada pela ansiedade, caracterizada pela ocorrência de ataques de pânico. Mas não basta ter ataques de pânico para ter uma perturbação de pânico, já que aqueles são bastante frequentes e podem ocorrer, quer isoladamente, quer associados a outras perturbações de ansiedade ou outras perturbações mentais.
Para sofrer de perturbação de pânico é necessário ter medo dos sintomas da ansiedade, ou seja, não basta ter um ataque de pânico e considerá-lo desagradável. É também necessário avaliá-lo como perigoso e ter medo da ocorrência de um novo ataque de pânico ou das suas consequências.
São as interpretações catastróficas as responsáveis pelo aumento da ansiedade, que por sua vez se volta a manifestar sob a forma de sintomas fisiológicos ou somáticos e cognitivos, que, por sua vez, intensificam as interpretações catastróficas, dando assim origem a um ciclo que resulta num novo ataque de pânico. A partir daí, estão criadas as condições para que a pessoa passe a ter mais medo de um novo ataque de pânico, uma vez que a sua repetição aumenta a crença de que irá voltar a acontecer, e o medo de que aconteça, porque é visto como perigoso.
Os ataques de pânico são crises de ansiedade, delimitadas no tempo, o que significa que têm um início, um desenvolvimento que atinge um pico máximo (o que habitualmente acontece entre 10 a 20 minutos após o início) e têm um fim.
Nestas crises, é necessário estarem presentes vários sintomas do foro somático e cognitivo. Os sintomas somáticos são aqueles que se manifestam no corpo através de sensações (ex: palpitações, suores, tremores). Por outro lado, a nível cognitivo poderão surgir pensamentos catastróficos (ex: medo de morrer, ter um ataque cardíaco).
Embora seja aflitivo e muito desagradável, o ataque de pânico não é perigoso. Na pior das hipóteses, a pessoa poderá perder os sentidos durante segundos apenas, como forma de o organismo evitar que o sistema nervoso simpático dispare. Se a pessoa tiver medo do ataque de pânico por achar que ele pode ter consequências graves (tais como enlouquecer ou morrer), é muito provável que o mal-estar fique ainda mais acentuado e que a pessoa comece a agir no sentido de evitar situações nas quais pensa ser mais provável ter novo ataque e a adotar uma série de comportamentos de segurança quando se sente mais ansiosa (por exemplo andar com ansiolíticos ou ir às urgências).
Os sintomas corporais são bastante proeminentes, nomeadamente:
Tendo em conta as relações entre o início da crise e a presença de desencadeantes situacionais podemos definir três tipos de ataques de pânico:
Um ataque de pânico pode ser desencadeado tanto por estímulos externos como estímulos internos (mais comuns) e ocorrem sob a forma de imagens, pensamentos ou sensações corporais. A pessoa interpreta estes estímulos como ameaçadores, o que leva a um estado de apreensão. Este estado de apreensão é acompanhado por sensações corporais que emergem através da ansiedade. Ao serem interpretadas como ameaçadoras, vão estabelecer o ciclo vicioso que conduz ao ataque de pânico.
Para o diagnóstico de Perturbação de Pânico, é indispensável a presença de ataques de pânico frequentes e inesperados, provocando sofrimento e condicionantes no quotidiano do indivíduo.
O indivíduo experiencia ataques de pânico inesperados e preocupa-se persistentemente acerca de ter mais ataques de pânico ou há alterações mal adaptativas no seu comportamento devido aos ataques de pânico (ex: evita o exercício físico ou locais que não lhe sejam familiares)
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