A grande maioria da população utiliza, pelo menos, uma rede social diariamente. Se começarmos a olhar para um grupo mais específico, também não será difícil encontrar pessoas que tenham várias redes sociais. Do Facebook ao Instagram, sem esquecer Youtube ou WhatsApp, entre tantas outras, as redes sociais são uma presença constante na rotina de muitos.
No entanto, quando utilizadas em demasia podem realmente ser negativas e ter um grande impacto na vida das pessoas. Aqui em VillaRamadas damos algumas dicas de como mitigar o seu efeito no dia a dia e na saúde mental de cada um.
Estas são apenas diretrizes para colocar em prática. Se, no entanto, sentir que precisa de outro tipo de ajuda para se afastar deste vício, não hesite em procurar ajuda e fale connosco. A nossa equipa multidisciplinar pode ajudá-lo(a) a encontrar ferramentas que o(a) façam levar uma vida mais equilibrada.
Lista de Conteúdos
Sim, sem dúvida que há impacto. Ainda que sejam essencialmente para partilha de informação, as redes sociais de hoje são ainda, na grande maioria das vezes, uma montra. Como se de uma loja se tratasse. Cada rede social tenta apresentar um conteúdo que salte à vista e mantenha o leitor atento.
Como é que se transforma num negócio? Bem, a oferta varia em função da procura e, neste caso, a procura de muitos é a ideia de encontrar uma vida perfeita, de sonho. Assim, as redes sociais tornam-se um reservatório de possíveis triggers para a saúde mental de muitos.
E, apesar do seu acesso fácil e diário, já são muitas as pessoas que veem as redes sociais como uma adição. O vício de estar sempre a par de tudo o que se passa, de todas as trends, as últimas publicações virais, são, em conjunto, uma consequência bastante negativa do seu uso descontrolado.
Para muitas pessoas, ainda que possam não admitir ter algum tipo de vício perante as redes sociais, percebem que estas são impulsionadoras de isolamento e solidão. Por exemplo, a visualização de certos conteúdos nas redes sociais pode levar a que uma pessoa comece a criar vários sintomas de depressão, inveja, baixa autoestima ou ansiedade. E em muito, por criar uma comparação directa da sua vida com a (aparente) vida dos outros.
Por isso, sim. As redes sociais são um trigger emocional para muita gente. Se não forem utilizadas de uma forma saudável tornam-se rapidamente no ponto de partida para a criação de problemas de foro psicológico.
Sim. Através de algumas estratégias, e de muito autocontrolo, qualquer pessoa pode viver a par das redes sociais sem que estas afetem o seu dia a dia. No entanto, há que saber definir, antes de mais nada, o limite do saudável para a obsessão.
Se por um lado pensa estar mesmo em descontrolo total, talvez o melhor seja um corte geral, com contas apagadas e entrada em modo offline. Mas, por outro, se ainda pretende ter algum ponto de contato, talvez possa desenvolver ferramentas que ajudem a reduzir o efeito negativo das redes sociais.
Não é um percurso fácil, e irá sempre exigir muito esforço, mas é o caminho para uma vida emocionalmente mais estável.
Para que consiga lidar de modo mais equilibrado com as verdadeiras situações do mundo real, sejam elas de tristeza, mágoa ou alegria, há que saber gerir o que se passa no mundo digital. Afinal de contas, as redes sociais não podem ser vistas apenas como um palco para comparação de vidas ou objetivos e prémios alcançados. Elas são também usadas para partilha de momentos felizes ou para acompanhar amigos e familiares mais distantes.
Desse modo, VillaRamadas reuniu 6 dicas para proteger a sua saúde mental, que poderá colocar em prática a qualquer momento. Não representam um travão direto, abrupto e instantâneo, mas sim uma reeducação do seu próprio padrão de comportamento.
Isso mesmo. Tente criar períodos de tempo em que o acesso é completamente nulo. Poderá começar a aperceber-se que afinal não precisa tanto de ver o que acontece aos outros e aos poucos irá começar a ver as redes sociais por períodos de tempo cada vez menores.
Crie momentos específicos para abrir as redes sociais. Mesmo que coloque na agenda se for assim que se organiza melhor. Procure utilizar o telemóvel/computador para ver as redes sociais quando sabe que vai estar mais sozinho(a), privilegiando assim todo e qualquer momento de lazer na companhia de família e amigos. Mas fique também com a nota: não utilize no quarto. Escolha um momento ativo do dia e aproveite as últimas e primeiras horas do dia sempre para descansar e estar consigo mesmo(a).
Nunca veja as redes sociais à mesma hora. Vá experimentando horários diferentes e tente fazer um pequeno diário onde marca como se sente e o que retirou dessa volta pelas contas de redes sociais. Porquê? Uma análise rápida pode determinar quais as melhores para aceder, seja pelo teor do conteúdo como pelo modo como fica após estar em “interação digital”.
Depois de começar a analisar com mais cuidado o que sente ao ver as suas redes sociais, o ideal é avaliar quem segue ou perceber quem o (a) segue. Apague todos os contatos que não acrescentam nada à sua vida, incluindo aqueles ex-colegas ou antigos amigos cujas publicações lhe provocam sempre mal estar com o mundo ou consigo mesmo(a). E o mesmo se aplica a marcas. Deixe de seguir todos aqueles com quem já não se identifica. Acabará por ficar com um perfil mais direcionado para o que lhe interessa e é realmente importante.
Está realmente a tirar partido de cada rede social? Utiliza-as todas de igual modo? Talvez parte da sua ansiedade derive de ter múltiplas contas, e sentir que deve chegar a todas de igual modo. Não, essa premissa é errada. O que deve fazer é avaliar o que tem, que tipo de acessos tem, qual o uso que dá, e depois avaliar o que fazer. O nosso conselho? Apague todas as aplicações que não lhe dão mais nada de conteúdo além de sentir que pode “vigiar e bisbilhotar” a vida dos outros. Fique apenas com as redes sociais que utiliza efetivamente.
Não esteja preocupado(a) em publicar algo no momento que está a acontecer. As redes sociais podem, e são, um local de partilha, mas não precisa de ser imediato. Aproveite o momento, tire fotos a pensar em si e na recordação que quer guardar, mas não faça disso um stop ao momento.
Depois, se ainda quiser, quando já não estiver no jantar de amigos, na festa de família, ou no casamento da melhor amiga, partilhe fotos como uma boa lembrança do momento que viveu. Não confunda redes sociais com a vida real.
Pense que não está sozinho(a) nesta batalha. As redes sociais existem, estão cá, e ainda não têm os dias contados. Por isso, a equipa de VillaRamadas está aqui para o(a) ensinar a lidar com elas da forma mais saudável possível. Aprenda a tê-las na sua vida mas de forma moderada, cuidada e pelo lado positivo.