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Como ajudar um filho toxicodependente

Como ajudar um filho toxicodependente

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O consumo excessivo de substâncias pode levar a uma situação de adição e muitas vezes em idade precoce. Uma pessoa pode tornar-se toxicodependente por vários fatores, como por exemplo, falta de apoio familiar, influências negativas das companhias, como um refúgio a problemas de foro psicológico, entre outros.

Conhecer alguém que se torna toxicodependente é sempre delicado de lidar, mas a situação pode ser especialmente problemática quando se trata de um filho(a). A porta do diálogo pode nem sempre ser fácil, mas é importante que os pais estejam presentes para ajudar na procura do tratamento e consequente recuperação.

Como especialistas no tratamento da adição a drogas, VillaRamadas partilha algumas ideias de como pode ajudar, caso tenha um filho toxicodependente. Tenha em mente que são apenas linhas orientadoras, e que não dispensam de um acompanhamento especializado e adequado.

Lista de Conteúdos

Como identificar um quadro de toxicodependência?

Antes de mais nada, é importante que reconheça eventuais sinais do que se está a passar. Conforme o tipo de drogas consumidas os comportamentos tendem a diferir. Contudo, existem alguns que são, de uma forma geral, iguais em casos de consumos excessivos de substâncias.

Fumar
Começar a fumar não significa que o seu filho esteja dependente de outro tipo de drogas. No entanto, pode ser o primeiro passo para entrar neste mundo de substâncias ilegais. Esteja atento(a) a eventuais sinais que possam surgir. © Gras Grün/Unsplash

Se reconhecer como comportamento padrão algumas das situações abaixo descritas, poderá estar na hora de procurar ajuda especializada para o seu filho e este deve iniciar um processo de tratamento e recuperação. Esteja atento a estes possíveis novos hábitos:

  • Mudança de rotina de horários (sem haver uma justificação – por exemplo, trabalho por turnos);
  • Falta de higienização constante;
  • Mudança de atitude, com propensão à mentira recorrente;
  • Novo círculo de amigos;
  • Desaparecimento de dinheiro;
  • Olhos frequentemente vermelhos, lacrimejantes ou com pupilas dilatadas;
  • Alteração no apetite (em qualquer um dos extremos, deve estar atento);
  • Posse de utensílios utilizados no consumo de drogas;
  • Quebra de rendimento – seja em meio escolar ou profissional;
  • Atitude reativa, impulsiva e desafiadora.
Raiva
© Yogendra Singh/Unsplash

Como ajudar um filho toxicodependente?

Acima de tudo, comunicação. Uma comunicação aberta, a par de paciência e noção de que a recuperação poderá não ser rápida, serão os primeiros passos para estar presente para o seu filho. Um processo de recuperação de um toxicodependente não tem prazo definido e pode variar muito de caso para caso, pelo que aqui podemos dar dicas do que fazer durante o processo. É importante que dê apoio e trabalhe em conjunto com os profissionais especializados, para definir o melhor plano de tratamento e recuperação.

Comunicar

Incentive o diálogo, perguntando sobre o seu dia e as atividades que fez. Não comece as conversas direcionadas para o tema da droga, ou das companhias, porque a abertura poderá ainda não existir. Vá abrindo caminho com perguntas gerais, que por sua vez irão levar a mais conversa e eventualmente novas perguntas. Aí sim, poderá começar a criar um caminho mais definido para aquelas perguntas e respostas que tanto procura.

E, por vezes, até mesmo no início, apele mais à conversa da parte dele. Ouça mais, e diga menos, mostrando-lhe que está presente simplesmente para escutar. A comunicação aberta não se faz de um dia para o outro. Tem de ser passo a passo.

Compreenda os comportamentos de risco

Desde o momento em que desconfia do início de consumo excessivo de drogas, até ao esperado momento em que o seu filho entre para um processo de tratamento de dependência de substâncias, deve estar atento a tudo o que o rodeia. Entenda quais são os comportamentos que ele costuma ter, com que companhias e em que locais. Este tipo de informação é importante para definir o que irá acontecer no pós-tratamento, para evitar que ele se encontre novamente nas mesmas situações de risco, prevenindo assim potenciais recaídas.

Toxicodependência
Tente perceber em que meios é que o seu filho anda, e com que género de companhias. No futuro, podem ser desencadeadores de recaídas se a rotina se mantiver. © Pexels

Atividades em conjunto

Desenvolva atividades em família, que promovam o convívio e o bem-estar a nível da saúde física e mental. Ao criar este tipo de situações, irá permitir que o seu filho vivencie atividades prazerosas, desfocando-o de possíveis pensamentos negativos que o incentivam ao consumo de drogas.

Manter as regras em casa

Se ainda vivem juntos, não tenha medo de manter alguma disciplina dentro de casa. As regras em casa podem ajudar o seu filho a manter-se ligado a um ambiente seguro e de maior controlo. No entanto, tenha cuidado para não ser demasiado(a) rígido(a) ou criar confrontos que possam levar o seu filho a querer fugir. Este escape poderá também ser o motivo dos seus consumos. Tem de haver um equilíbrio nas regras que impõe e o momento em que são impostas.

RegrasCasa kelly sikkema unsplash
Dê a entender que existe abertura em casa, mas que existem regras na dinâmica familiar. A ideia é que a comunicação flua, a fim de se perceber o problema, mas com a noção que é de facto um problema a resolver e não uma situação a ser ignorada. © Kelly Sikkema/Unsplash

Ajuda profissional

Mostre ao seu filho que a ajuda profissional é necessária. A orientação de profissionais qualificados para o tratamento da dependência de substâncias é necessária e o ideal para qualquer caso de adição. Esteja presente, mas não descure os conhecimentos de quem lida com situações idênticas todos os dias.

Se acredita que o seu filho pode estar a entrar num caso de dependência de substâncias, não hesite em procurar ajuda. Fale connosco. Podemos ajudá-lo(a) a estabelecer um diálogo e a encontrar a melhor metodologia para o tratamento e recuperação da adição do seu filho. Em VillaRamadas temos uma equipa especializada e apta a ajudar neste tipo de dependências.

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0 Comentários

  1. Pedro Miguel Marques simoes 6 de Fevereiro, 2023

    sou um doente de adições ( toxicodependência )

    Responder

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