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Burnout, a consequência do excesso de trabalho

Burnout, a consequência do excesso de trabalho

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Um dos distúrbios mentais mais falados na atualidade, e que ganhou destaque na sociedade ainda antes dos problemas evidenciados durante a pandemia, a síndrome de burnout é uma realidade nos dias de hoje.

Podendo confundir-se com a depressão, é um tipo de perturbação ligada diretamente ao trabalho e à sua pressão diária, não escolhendo idades, género ou mesmo profissão.

Neste artigo, VillaRamadas explica o que é o burnout, a que sintomas deve estar atento e como perceber se estamos perante burnout ou depressão.

Lista de Conteúdos

O que é o burnout?

Burnout deriva de uma expressão inglesa. Se traduzirmos livremente burnout, este significa “queimar até ao fim”. Se passarmos essa ideia para a realidade de alguém com burnout, o que se vê é o resultado de alguém que levou o trabalho ao extremo e por isso se deixou afetar por ele até deixar de estar totalmente funcional.

Pressao Burnout pexels mikhail nilov
© Mikhail Nilov/Pexels

O burnout, ou síndrome de burnout, é um estado de exaustão emocional e física. Encontra-se maioritariamente associado ao stress excessivo no trabalho durante um longo período de tempo.

Esta síndrome pode resultar de diversos fatores. Dos mais comuns destacam-se:

  • sobrecarga de trabalho;
  • exigências contraditórias;
  • má gestão de tempo;
  • falta de apoio da equipa;
  • situações de assédio ou abuso verbal no local de trabalho;
  • ambiente tóxico;
  • falta de reconhecimento do trabalho desenvolvido;
  • más condições no espaço de trabalho.

É, na sua essência, uma resposta do corpo a uma situação de stress prolongada ou crónica.

Burnout ou depressão?

Dado que o burnout cria exaustão mental, muitas vezes o seu diagnóstico pode ser confundido com um início de depressão. Por isso, em qualquer caso, a avaliação deve ser feita com uma equipa especializada em avaliar estes quadros clínicos.

Stress trabalho
© Pexels

A importância desta distinção passa não apenas pelo correto diagnóstico como também pelo correto tratamento. No entanto, deixamos a ressalva que o diagnóstico de burnout não isenta o desenvolvimento de uma depressão. Depende de cada caso.

Mas, para clarificar um pouco melhor, podemos dizer que o primeiro passo para distinguir burnout de depressão é a alteração da rotina. Se a pessoa que sente estar em esgotamento for retirada da situação que lhe dá mais ansiedade e stress, e o seu estado melhorar, pode ser indício de burnout. Já a depressão é uma condição psicológica que se estende no tempo, e não melhora apenas com a mudança da fonte de stress, precisando de tratamento.

É importante tentar eliminar a fonte do stress e perceber se se sente melhor. Por exemplo, se sente-se stressado durante a semana, mas depois no fim de semana sente-se relaxado, é provável que esteja com burnout.

Como reconhecer os sintomas de burnout

À semelhança de muitos outras perturbações mentais, o burnout também pode incluir sintomas comportamentais, mudanças de atitude e ações do corpo.

Desinteresse Trabalho pexels andrea piacquadio
O desinteresse repentino no trabalho diz respeito a uma mudança de atitude que pode indicar o início da síndrome de burnout © Andrea Piacquadio/Pexels

A síndrome de burnout pode evidenciar-se através de:

  • Mudanças de Atitude: menor entusiasmo com atividades que gostava até ao momento, falta de empenho e eficácia profissionais derivadas de desmotivação e falta de realização, etc;
  • Mudanças de Comportamento: isolamento, aumento da agressividade, maior consumo ou abuso de substâncias nocivas à saúde, etc;
  • Fatores Físicos: sensação de falta de ar, ritmo cardíaco acelerado, hipertensão, tensão muscular, problemas gastrointestinais, enxaquecas, insónias, alteração do apetite, etc;
  • Fatores Emocionais: tristeza, apatia, revolta, perda de controlo emocional, ansiedade, etc;
  • Fatores Cognitivos: dificuldades de concentração e memória, etc.

Como tratar o burnout

Antes de se falar de tratamento, é importante reforçar que apesar do burnout ser uma síndrome de foro psicológico, esta poderia ser prevenida na maior parte dos casos. Sendo um quadro clínico derivado das condições de trabalho, esse é realmente o primeiro passo para diminuir a probabilidade de diagnóstico: melhorar as condições e qualidade de vida no trabalho.

Férias
As férias têm uma razão de ser em contexto laboral. Se não fossem importantes, não seriam obrigatórias. É importante que o corpo e a mente desliguem além das horas fora de trabalho para que haja um descanso mental. As férias são um direito seu enquanto trabalhador(a) e deve usá-las para a sua própria sanidade mental © Wendy Hero/Pexels

Contudo, quando uma pessoa já atingiu um estado de burnout, existem tratamentos que podem ajudar no regresso à normalidade. A primeira ação pode passar pela retirada temporária do ambiente/situação que provoca o stress excessivo e o desgaste mental. Depois disso, o tratamento eficaz pode passar por uma reorganização no trabalho ou, em casos extremos, uma retirada definitiva, para o bem-estar da pessoa.

Paralalemente, é importante dar ênfase à prática de atividades relaxantes, como o ioga ou a meditação, assim como a prática de exercício físico regular.

Em VillaRamadas temos uma equipa profissional especializada para o(a) ajudar. Não espere que a situação se agrave. Se sente indícios que poderá estar a desenvolver a síndrome de burnout, fale connosco. Não adie um possível diagnóstico. Se conhece alguém que possa precisar de ajuda, incentive-a a falar. O burnout pode ser apenas o início para um quadro mais grave de depressão.

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