Portugal é um dos países de maior consumo de álcool mundial. Cerca de 1/4 dos jovens europeus dos 15 aos 29 anos morre devido ao consumo excessivo de álcool. O consumo em excesso causa a ilusão de força, agilidade e rapidez mas, na verdade, a pessoa está mais fraca, menos ágil, mais lenta e mais confusa.
Por vezes, parece impossível que a situação mude. Que a pessoa mude. Que se renda e que seja humilde. Que seja capaz de nos tratar de forma diferente. Que os seus hábitos mudem. Que realmente faça, em vez de apenas prometer. No entanto, se não se tentar, nunca se saberá.
Que o ser humano é extremamente complexo já todos sabemos; contudo, também o nosso dia-a-dia o é. Nem que seja pela quantidade de decisões que temos de tomar todos os dias – desde escolher que roupa vestir num dia chuvoso de dezembro, até à complexa decisão de aceitar, ou não, uma oferta de emprego numa cidade desconhecida.
É sabido que, mais do que mudar um comportamento que se transformou num padrão, é necessário mudar os pensamentos e os sentimentos que estão na génese das dependências. Mas nem sempre é fácil e muitas vezes é preciso procurar ajuda especializada!
Nem todos os sujeitos que consomem álcool são alcoólicos, ou seja, nem todos os que bebem precisam de tratamento. No entanto, o que os distingue dos consumidores excessivos é que estes tendem a perder o controlo dos seus comportamentos sob influência desta substância, com frequente perda de memória dos mesmos.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a Europa lidera o consumo de álcool mundialmente, com uma média de 9,8 litros de álcool puro por pessoa registada em 2018. Ultrapassando esta média, Portugal ocupa o 13º lugar a nível mundial no que diz respeito ao consumo de álcool puro per capita, contando com uma média de 12,3 litros. A percentagem de abstémios (ou seja, pessoas que não consomem álcool exageradamente) ronda 18,6% dos homens e 32% das mulheres em Portugal; percentagem consideravelmente superior à média europeia (5,6% e 13,5%, respetivamente).